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Tubrão-branco: Conheça esse magnífico predador oceânico





O tubarão-branco, também chamado de grande branco, tem a fama de ser o mais feroz e agressivo de todos os tubarões, característico por atacar quem encontra pela frente e acompanhar navios oceanos afora, o que o tornaria um flagelo nos naufrágios.

Qualquer semelhança com o tubarão aterrorizante do filme de Steven Spielberg não é mera coincidência: durante muitos anos, tudo o que se soube a respeito desse peixe gigantesco e seus apetites veio das telas do cinema.

Mas o tubarão-branco não é o campeão de agressividade, título conferido pela natureza ao seu primo tubarão cabeça-chata. E quem acompanha navios é o tubarão azul: ele e o galha branca, que também nada em alto-mar, são o terror dos náufragos.

Tubarão branco é máquina de caçar
A natureza equipou o grande tubarão-branco tornando-o um excelente caçador. Tanto que o único animal marinho capaz de competir com ele por alimento é a orca - ou um outro tubarão-branco maior do que o primeiro.

O tubarão-branco (Charcharodon carcharias), da mesma família do mako e do marracho, é um "bebê" na linha da evolução de sua espécie: só apareceu há cerca de 60 milhões de anos e quase não se alterou de lá para cá, a não ser no tamanho: seus 15 a 20 metros de comprimento ficaram reduzidos a, no máximo, sete.

O tubarão-branco é ágil, apesar de todo o seu tamanho. A maioria atinge de cinco a seis metros de comprimento com peso médio de duas toneladas - podendo chegar a 3,4 toneladas. O motivo de sua destreza está no esqueleto sem ossos, formado por cartilagens e fortalecido por depósitos de cálcio, o que o torna mais leve.

Os três mil dentes do tubarão-branco
Além da silhueta impressionante, o que mais apavora as pessoas são os três mil dentes triangulares, serrilhados e muito afiados, de 7,5 centímetros de altura, inseridos nas maxilas em fileiras um pouco inclinadas para dentro. Esse conjunto formidável pode exercer a força de três toneladas por centímetro quadrado numa mordida.

Seu corpo robusto é hidrodinâmico e capaz de nadar a 25 quilômetros por hora. O dorso é marrom-acinzentado, cinza ou cinza-azulado, e a barriga é branca, em geral com uma mancha escura ao redor da axila da nadadeira peitoral. A nadadeira dorsal costuma ser mais escura. Essa disposição de cores, oferece uma camuflagem muito eficiente, de forma que animais que nadam acima do grande branco, não enxergam sua aproximação.

Olhos de lince
Até pouco tempo, acreditava-se que o grande branco enxergava mal. Na verdade, seus olhos têm uma membrana que atua como tela refletora e aumenta a sensibilidade visual. Ele vê no escuro melhor que um gato. Além disso, é o único tubarão que põe a cara fora da água para enxergar: ele é capaz de ver - bem - tanto dentro quanto fora d'água.

Mas não é só a visão que faz do grande branco uma máquina de localizar presas. A capacidade de detectar minúsculos campos elétricos gerados por outros animais permite ao tubarão perceber as vibrações de um campo elétrico até 20 mil vezes menores que um volt, o equivalente à batida do coração de um peixe. O olfato também é muito apurado: pode detectar traços de sangue na água a distâncias superiores a três quilômetros.

Oofagia
Ao contrário de outras espécies, entre os tubarões-brancos não existe embriofagia, o canibalismo intra-uterino. Os embriões - em geral dois por gestação - alimentam-se de óvulos não fecundados, produzidos pela mãe para esse fim, num processo conhecido por oofagia. Cada filhote nasce com cerca de 1,5 metro de comprimento. Não se sabe ao certo o tempo de gestação, mas acredita-se que seja superior a um ano.

O tubarão-branco possui um mecanismo de reciclagem de calor, graças ao qual consegue manter a temperatura de seu corpo de 7 a 12 graus centígrados mais elevada que a da água. "Os outros tubarões dependem da temperatura externa para se aquecerem e se tornarem ativos, por isso precisam viver nas águas tropicais quentes", diz Marcelo Szpilman, diretor do Instituto Aqualung, no Rio de Janeiro, e autor do livro "Tubarões no Brasil".

Águas frias
O grande branco, além do mako e do marracho, é o único tubarão que vive em águas frias. Por isso, ele é um voraz devorador de focas e elefantes marinhos no chamado triângulo vermelho, uma faixa de 160 quilômetros da costa da Califórnia, ao sul de São Francisco, nos Estados Unidos. Ali é o lar de inverno de tubarões-brancos e também a área onde suas presas prediletas vão se reproduzir.

Além das águas frias da costa oeste norte-americana, eles podem ser encontrados no litoral Sul da Argentina, na Austrália, no Brasil e até no Mar Mediterrâneo. Segundo Otto Gadig, especialista em tubarões e professor de biologia marinha na Universidade de Santa Cecília, em Santos, no litoral paulista, as aparições do tubarão-branco, também chamado anequim no Brasil, podem ser tanto em mar aberto como em áreas costeiras.

O ataque do tubarão-branco
Para se aproximar de seu alvo, o tubarão-branco evita áreas arenosas e nada rente ao leito do mar. Pode saltar para fora da água enquanto ataca, por trás ou pelo lado. Dá uma primeira mordida para incapacitar a presa e depois se afasta, esperando que ela sangre até morrer.

Acredita-se que essa primeira bocada seja uma maneira de testar o valor nutritivo da refeição. Nessa "degustação", o branco dá uma mordida capaz de comer um cão de tamanho médio. Se quiser, ele pode engolir o equivalente a mil hambúrgueres de 200 gramas de uma só vez.

A comparação com fast-food, que é rico em gordura, tem tudo a ver com a preferência alimentar desse tubarão. Ele tem predileção por alimentos com alto teor de gordura. Mas, afinal, o que o tubarão-branco come? Peixes, aves, tartarugas, focas, elefantes e leões marinhos, golfinhos, baleias mortas ou doentes, baleotes e tubarões menores que ele.

Humanos indigestos
Como ele gasta uma enorme quantidade de calorias durante os ataques, sua presa deve lhe dar uma quantidade maior de energia do que a utilizada para devorá-la. É por isso que o ser humano, mais magrinho e musculoso que as focas, não faz parte de seu cardápio habitual - mesmo quando a presa é uma baleia, o tubarão branco come apenas a gordura, deixando os músculos.

No caso de ataque a humanos, após a primeira mordida, o gigante costuma perceber seu erro e não volta para o ataque final: 90% dos casos ocorrem por erro de identificação ou invasão de território O problema é que, como já se sabe, apenas uma mordida faz um estrago razoável.

Risco de ser atacado pelo tubarão-branco
Ninguém precisa - nem deve - achar que o tubarão-branco é um "poodle-toy". Mas os tempos mudaram e cada vez mais gente toma consciência de que ele não é "o diabo com dentes", como já foi chamado. Segundo o Registro Internacional de Ataques de Tubarões, nos últimos 100 anos houve 74 ataques de brancos contra humanos, um número baixo se levarmos em conta os milhões de pessoas que entraram no mar nesse período.

Para o biólogo Marcelo Spilzman, é mais perigosa a viagem até a praia do que nadar: registram-se muito mais acidentes no percurso. "Na Austrália, reino do tubarão-branco, morrem mais pessoas por curtos-circuitos, incêndios e contusões causadas por pacatas árvores de natal do que atacadas pelo bicho", garante. Mais: sentar embaixo de um coqueiro, nos Estados Unidos, é muito mais letal. cocos na cabeça matam 150 pessoas por ano naquele país. "No entanto, ninguém tem medo de coco", diz Szpilman.

Mudança de opinião
Mais de quarenta anos depois de ser violentamente atacado por um tubarão-branco, o mergulhador Rodney Fox é seu maior defensor. Mas antes de superar o trauma e aprender que não é nada inteligente mergulhar com focas (exatamente o que ele fazia ao ser atacado), Rodney realizou vários filmes mostrando o branco como um assassino implacável.

Neles, inúmeras técnicas cinematográficas foram utilizadas para que o tubarão fosse visto como um monstro. Uma delas foi colocar um anão dentro da jaula submersa para o tubarão parecer bem maior. Fox participou, inclusive, de "Tubarão", de Spielberg, dando dicas sobre o animal e os locais onde ele vive.

Para compensar a imagem que ajudou a criar, atualmente Fox estuda o grande branco e luta por sua preservação. "Esse animal é um maravilhoso predador natural. Tubarões-brancos não são vilões, mas vítimas em sério declínio populacional", declara o mergulhador. Ele não é o único a rever conceitos. Peter Benchley, autor do livro que inspirou "Tubarão", mudou de idéia depois de ter acesso às pesquisas recentes de biólogos que estudam o peixe. "Hoje não escreveria mais aquele livro", reconhece.

Pela saúde dos oceanos
Apesar de seu tamanho, força e ferocidade, o tubarão-branco está ameaçado, graças à pesca de competição ou comercial. Em 2004, uma das mais importantes organizações ambientalistas do mundo colocou o peixe gigante no livro vermelho de espécies em risco de extinção.

"Como predadores situados no topo da cadeia alimentar, o equivalente oceânico dos leões africanos e tigres asiáticos, os tubarões-brancos asseguram um tipo de ordem nos oceanos", diz Szpilman. Sua função é manter o controle populacional de suas presas habituais, além de atuar na seleção natural ao caçar os mais lentos e os mais fracos.

"Ao comerem os animais e peixes doentes, feridos ou mortos, os tubarões exercem também uma função importante na manutenção da saúde dos oceanos, num papel semelhante ao dos urubus na terra", acrescenta. A extinção desses tubarões - algo mais próximo da realidade do que se pensa -- vai provocar uma forte alteração na complicada teia alimentar dos mares e o conseqüente desequilíbrio do ecossistema marinho.

Um mundo sem tubarões-brancos
Um exemplo hipotético ilustra muito bem a influência que pode ter a perda de um elo da cadeia alimentar. A extinção do tubarão-branco levaria a um descontrole populacional de focas e leões-marinhos, suas presas favoritas. O aumento das populações de focas e leões-marinhos elevaria enormemente o consumo de peixes.

Com estoques menores de peixes, não só as populações humanas sofreriam, inclusive economicamente, como também a reação em cadeia poderia chegar às algas planctônicas, maiores produtores de oxigênio do planeta, e os desequilíbrios decorrentes seriam catastróficos.

Um caso real ocorreu na Austrália, no final da década de 1980. A pesca excessiva de algumas espécies de tubarão provocou uma rápida explosão na população de polvos, um dos alimentos preferidos desses predadores. O resultado foi uma séria crise na indústria da pesca da lagosta, pois o crustáceo passou a ser devorado pelos polvos em quantidades bem acima da habitual.

Salvando o tubarão do homem
No entanto, a caça ao maior predador marinho continua. Um estudo feito no Canadá mostrou que a quantidade de tubarões-brancos encolheu 79% nos últimos quinze anos.
Por isso, o tubarão-branco foi declarado como espécie protegida. O governo sul-africano foi o primeiro a determinar isso, em abril de 1991, seguido pela aprovação de leis protecionistas na Califórnia, em 1994, e do governo australiano, três anos depois.

Essas leis consideram crime a sua pesca e também instalaram programas de reprodução - embora hoje se saiba que esse animal não se reproduz em cativeiro. As estimativas são de que atualmente dez mil tubarões-brancos adultos sobrevivam no planeta - e 500 sejam exterminados a cada ano.

Bioquimica da vida

Conheça as principais substâncias que compõem os seres vivos




Humanos, árvores, amebas, cobras, musgos. Você pode achar que esses, e tantos outros seres vivos, não têm nada em comum. Mas se suas formas e hábitos são tão diferentes, ao menos em sua constituição química eles são semelhantes.

Ao analisarmos os componentes das células de diversos seres vivos, veremos que existem algumas substâncias que estarão sempre presentes. São elas: água, minerais, carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos.

A quantidade de cada um desses elementos varia de acordo com a espécie, a idade e o tecido analisado. No entanto, a água é o componente que está sempre presente em maior quantidade, chegando a representar até mais de 85% do peso de um organismo. Os minerais aparecem sempre em menor quantidade.

Água
A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. As moléculas de água estabelecem ligações com suas vizinhas através de pontes de hidrogênio. Nas pontes de hidrogênio, os átomos de hidrogênio de uma molécula são atraídos pelo átomo de oxigênio de sua vizinha.

Entre as funções da água nos organismos, podemos citar seu papel como solvente, reagente, na regulação do equilíbrio térmico e como lubrificante. Quase todas as reações químicas ocorrem em solução. A água é capaz de dissolver muitas substâncias. Assim, possui papel importantíssimo na dissolução dos reagentes que participam das reações metabólicas dos organismos.

A água participa como reagente de muitas reações de síntese e de quebra (hidrólise) de substâncias. Através da dissipação do calor, a água impede que a temperatura dos organismos varie de maneira abrupta. Outro papel das moléculas da água é evitar o atrito entre partes, como ossos, cartilagens e órgãos internos, atuando como uma espécie de lubrificante.

Minerais
Embora os minerais sejam os elementos presentes em menor quantidade, sua presença é essencial ao metabolismo dos organismos. Os tipos de minerais e as suas concentrações variam de acordo com a espécie. Alguns minerais estão presentes em grandes quantidades e outros em baixíssimas concentrações.

Entre eles, podemos citar o cálcio, o magnésio, o ferro, o sódio e o potássio. O cálcio compõe ossos e dentes, ativa enzimas, atua nas células do sistema nervoso, entre outras funções. O magnésio atua no funcionamento de células do sistema nervoso humano e é o principal componente da molécula de clorofila, presente nas células vegetais.

Quanto ao ferro, atua na reação de fotossíntese nas espécies vegetais e é o componente fundamental da hemoglobina, o pigmento respiratório presente nos humanos. O sódio atua no balanço de substâncias entre o meio externo e o interior da célula; encontra-se sempre em maior concentração no meio extracelular. O potássio também atua no balanço de substâncias dentro e fora da célula, porém é encontrado sempre em maior quantidade no meio intracelular.

Carboidratos
Os carboidratos são moléculas formadas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. São classificados como monossacarídios, dissacarídios e polissacarídios.

Alguns exemplos de monossacarídeos são a ribose, a desoxirribose, a glicose, a galactose e a frutose. Os dissacarídios são formados pela união de dois monossacarídios, como a lactose (glicose + galactose) e a sacarose (glicose + frutose). Os polissacarídios são formados pela união de vários monossacarídios, como a celulose, o amido e o glicogênio.

A ribose e a desoxirribose são carboidratos com função estrutural, são componentes dos ácidos nucleicos. Já a celulose está presente nas células vegetais, formando a parede celular.

No entanto, a principal função dos carboidratos é a de reserva de energia para o metabolismo celular. O amido, por exemplo, é uma das principais reservas energéticas dos vegetais e de algumas espécies de algas. Em muitos animais, o glicogênio é armazenado e liberado quando o organismo necessita de energia.

Lipídios
Os lipídios são moléculas pouco solúveis em água, por isso, são chamadas de hidrofóbicas.

Os lipídios são parte integrante das membranas plasmáticas, atuam como reserva energética e são componentes essenciais de alguns hormônios. Dentre os lipídios, podemos citar, por exemplo, os glicerídios, os esteroides e as ceras.

Os glicerídios são os óleos e as gorduras. São formados por uma molécula de álcool de cadeia curta, chamado glicerol, e moléculas de ácidos graxos. Alguns glicerídios servem como reserva de energia para o metabolismo celular, tanto em animais quanto em vegetais. As gorduras também servem como um eficiente isolante térmico em muitos animais, dificultando a dissipação do calor do corpo para o ambiente.

Os esteroides são formados por uma série de anéis de carbono. Um exemplo de esteroide é o colesterol. O colesterol é uma das substâncias que formam a membrana plasmática dos animais. Além disso, ele participa da fabricação de diversos hormônios, como o estrógeno e a testosterona.

As ceras são lipídios formados por uma molécula de álcool de cadeia longa e ácidos graxos. Como os lipídios são insolúveis em água, as ceras são importantes na impermeabilização de superfícies, tais como a epiderme vegetal.

Proteínas
As proteínas são moléculas compostas por pequenas unidades chamadas de aminoácidos. Os aminoácidos são formados por um grupo carboxila ligado a um grupo amino. Os aminoácidos se unem através de ligações chamadas de ligações peptídicas e formam uma longa cadeia denominada polipeptídio.

As proteínas possuem três funções principais nos organismos: função estrutural ou plástica, catálise de reações químicas e defesa.

As proteínas são as unidades estruturais das células. Entre vários exemplos, a membrana plasmática é formada por proteínas; as fibras musculares são formadas por proteínas (actina e miosina); nossos cabelos, unhas e as garras de outros animais são constituídos por uma proteína chamada queratina; a hemoglobina presente em nosso sangue também é uma proteína.

As enzimas são proteínas que facilitam as reações químicas do metabolismo. Atuam, por exemplo, na digestão, na fotossíntese e na respiração. Alguns exemplos de enzimas são a amilase salivar, que inicia a digestão do amido na boca, e a pepsina, que quebra moléculas de proteína no estômago.

Os anticorpos, componentes do sistema imunológico, também são compostos por proteínas. São produzidos em resposta à entrada de substâncias estranhas no organismo, os antígenos.

Ácidos nucleicos
Os ácidos nucleicos contêm o material genético dos organismos. Existem dois tipos de ácidos nucleicos, ácido desoxirribonucleico, ou DNA, e o ácido ribonucleico, ou RNA. Eles são constituídos por pequenas unidades chamadas de nucleotídeos. Os nucleotídeos são formados por um grupo fosfato, um carboidrato (desoxirribose no DNA e ribose no RNA) e uma base nitrogenada.

Existem cinco tipos diferentes de bases nitrogenadas: adenina (A), timina (T), guanina (G), citosina (C), e uracila (U). As quatro primeiras são encontradas no DNA. Já no RNA, a timina é substituída pela uracila.

Os ácidos nucleicos possuem as informações necessárias para a síntese de proteínas e transmitem as informações genéticas de uma célula para outra - ou entre a geração parental e sua prole.

Barata Conheça as características desse inseto resistente








As baratas estão entre os bichos que mais causam repulsa no ser humano. A maioria sente asco só de imaginar uma barata. Isso acontece porque as espécies que convivem com as pessoas nas cidades transitam pelos esgotos e são vetores de doenças.

Existem cerca de 5 mil espécies de baratas, das quais 1 mil são brasileiras. Muita gente não sabe que as baratas urbanas correspondem a 1% do total de espécies desses insetos - o restante são espécies silvestres.

Barata luminosa
As baratas silvestres são importantes recicladoras de matéria orgânica. Não transmitem doenças, nem exalam mau cheiro, explica José Albertino Rafael, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Atualmente, Rafael coordena pesquisas sobre uma espécie de barata, a Lucihormetica fenestrada.

O objetivo é entender como essa barata emite luz fria, da mesma forma que os vaga-lumes. Nestes insetos, sabemos que as reações produtoras de luz ocorrem em células denominadas fotócitos.

Baratas do tempo dos dinossauros
Os fósseis mais antigos de baratas estão datados em cerca de 320 milhões de anos, do período Carbonífero. Esses registros são impressões em rochas pré-históricas - o padrão das nervuras presentes nas asas é característico de cada espécie.

Fósseis de baratas encontrados nas rochas calcárias da Formação de Santana, na região mineira de Santana de Cariri, datam de 112 milhões de anos, do período Cretáceo Inferior. Isso prova que esses insetos foram contemporâneos dos dinossauros.

Fórmula que deu certo
As baratas são sobreviventes de todas as alterações climáticas e ambientais sofridas pela Terra em centenas de milhões de anos. Como uma fórmula "que deu certo", elas não mudaram muito de lá para cá. Apresentam apenas variação no número de nervuras em suas asas e de espinhos nas pernas.

A espécie comum no ambiente urbano é a Periplaneta americana, conhecida como barata grande ou de esgoto. As baratas urbanas vivem próximas dos seres humanos por três motivos: água, alimento e abrigo, esclarece o especialista em estudos com baratas urbanas, Neliton Silva, professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

Baratas gostam de cerveja
Esses insetos são tão adaptados às cidades que se alimentam até mesmo de cola e papel - e apreciam bebidas alcoólicas, como a cerveja, segundo informações da Fundação Oswaldo Cruz.

De cor marrom-avermelhado, essas baratas voam e vivem em ambientes escuros, quentes e úmidos, como esgotos, ralos e lixo. A Periplaneta americana, bem como a Blatella germanica, originária da Europa, disseminam diversas doenças e parasitoses em suas fezes, como toxoplasmose, hanseníase, tifo, disenteria, pneumonia e meningite.

Os predadores das baratas urbanas são, além do ser humano, as aves, lagartixas e, por vezes os gatos. Comer o inseto é uma das formas de esses felinos serem infectados com o protozoário responsável pela toxoplasmose, o Toxoplasma gondii.

Quando as baratas perdem a cabeça
A resistência desses insetos é incrível: eles vivem até quatro anos, podem sobreviver uma semana sem água e um mês sem se alimentar. Também não se afogam com facilidade - seu fôlego dura 40 minutos. O cérebro da barata não fica só na cabeça, mas ao longo de seu corpo. Assim, se a barata tiver sua cabeça cortada, ela sobrevive por uma semana e, então, morre de sede.

"Olhos" nas costas
A barata está parada. Alguém se aproxima, por trás, para dar-lhe uma chinelada e ela sai correndo na direção oposta - dificilmente se acerta o alvo na primeira tentativa. Isso acontece porque esses insetos estão equipados com pequenas cerdas sensoriais nas costas, que captam o menor sinal de deslocamento de ar.

O sistema nervoso da barata traduz os impulsos elétricos que lhe dão a informação precisa da direção do ar. Desse modo, o inseto sabe exatamente para onde escapar de sua ameaça. Outros apetrechos sensoriais da barata são suas antenas: elas captam moléculas de cheiro e também informam a direção do vento.

Resistentes ao veneno
O uso de inseticidas pode matar uma barata. Mas, se ela estiver produzindo filhotes, estes serão resistentes ao veneno - ele não mata seus ovos. Para dar fim à barata e garantir que ela não deixe descendentes, o mais eficaz é mesmo uma chinelada.

O acúmulo de lixo e a sujeira significam uma infinidade de alimentos para as baratas. Por isso, uma das melhores maneiras de se evitar a convivência com esses insetos é a higiene. Esse cuidado e a desinsetização periódica são suficientes para o ambiente ficar livre de baratas, por algum tempo.

Anfibios: Primeiros vertebrados a habitar o meio terrestre






Os anfíbios são vertebrados tetrápodes (de quatro pés) que pertencem à classe Amphibia. O nome vem do grego Amphibios (amphi, duas, e bios, vida), uma referência à presença de duas fases na vida desses animais: uma fase larval aquática e a fase adulta, que pode ser terrestre.

Já foram descritas mais de 6.000 espécies de anfíbios, que são divididas em três ordens: Gymnophiona, que são as cobras-cegas ou cecílias; Urodela, composta pelas salamandras; e Anura, que inclui os sapos, as rãs e as pererecas. Esses animais podem viver em ambientes aquáticos ou terrestres e são mais abundantes nas regiões tropicais.

Características gerais
Os anfíbios adultos apresentam uma epiderme muito fina, sem escamas, rica em vasos sanguíneos e com glândulas mucosas que mantêm a pele sempre lubrificada. Essas características permitem a realização da respiração cutânea, ou seja, a troca de gases realizada através da superfície da pele.
A maioria dos anfíbios possui glândulas produtoras de secreções venenosas na epiderme. O veneno é liberado quando o animal é ameaçado por algum predador, representando uma forma de defesa contra a predação.

Os anfíbios são animais ectotérmicos (do grego, ektos, fora; e thermos, quente), ou seja, que dependem de uma fonte de calor externa para manter a temperatura de seus corpos. A respiração dos anfíbios pode ser branquial, cutânea ou pulmonar. Também pode ocorrer a combinação de mais de um tipo de respiração em um mesmo espécime.

Transição para o meio terrestre
Os anfíbios foram os primeiros vertebrados a habitar o meio terrestre. Eles evoluíram há cerca de 300 milhões de anos e, em termos evolutivos, situam-se entre os peixes e os répteis.

Uma série de mudanças estruturais e fisiológicas no organismo dos anfíbios permitiu que eles realizassem a transição do meio aquático para o meio terrestre. Entre elas, podemos citar o desenvolvimento e a adaptação dos pulmões - para respirar o ar -, adaptações na epiderme - para permitir a exposição ao ar -, e o desenvolvimento da coluna vertebral e da musculatura - para permitir a sustentação do corpo fora do ambiente aquático.

Porém, a conquista do meio terrestre não foi definitiva. Isso porque os anfíbios, mesmo os que habitam ambientes terrestres, dependem do meio aquático ao menos para sua reprodução. Seus ovos não apresentam uma casca protetora nem anexos embrionários (estruturas relacionadas à adaptação ao meio terrestre), por isso precisam ser mantidos constantemente úmidos. As formas jovens se desenvolvem na água e dela dependem para a respiração branquial (feita por meio das guelras ou brânquias).

Classificação
Como dissemos acima, os anfíbios são divididos em três ordens: Gymnophiona, Urodela e Anura. Os Gymnophiona ou Apoda são representados por cerca de 160 espécies, popularmente chamadas de cobras-cegas ou cecílias. São animais ápodes, ou seja, não possuem membros locomotores e o corpo é cilíndrico e alongado. A maioria das espécies é terrestre e vive enterrada no solo. Os olhos são vestigiais (ou seja, são atrofiados), mas existem tentáculos sensoriais que auxiliam na percepção do ambiente. Os machos possuem um órgão copulador chamado falodeu, que permite a fecundação interna.

Os Urodela, também chamados de Caudata, são representados por cerca de 400 espécies de salamandras. O corpo destes animais é alongado e a cauda é bem desenvolvida. São mais abundantes em regiões de climas frios. Os machos não possuem órgão copulador e a fecundação pode ser externa ou interna. Na fecundação interna, a fêmea captura a massa de espermatozóides liberada pelo macho e a deposita no interior da sua cloaca. Muitas espécies de salamandras não possuem pulmões e apresentam apenas respiração cutânea.

Os Anura são representados por cerca de 4.500 espécies, que incluem os sapos, as rãs e as pererecas. A fauna brasileira é muito rica em anuros, contando com cerca de 600 espécies já descritas. Os anuros não possuem cauda e seus membros posteriores são adaptados para o salto. A fecundação pode ser interna ou externa - e o desenvolvimento é indireto.

Reprodução
Os modos de reprodução dos anfíbios são muito diversos, variando de acordo com a espécie. A fecundação pode ser externa ou interna - e o desenvolvimento pode ser direto ou indireto.

Os anuros possuem desenvolvimento indireto e passam pela metamorfose completa. Sua fase larval é representada pelo girino e são conhecidas 46 fases de desenvolvimento desde a fecundação do óvulo até a transformação da larva em adulto.

Os girinos vivem em ambientes aquáticos, onde respiram através de brânquias e se alimentam de pequenas partículas orgânicas. Eles não possuem pernas, mas apresentam uma cauda alongada. Durante a metamorfose, a cauda vai gradualmente desaparecendo e o as pernas vão se desenvolvendo.

Outro processo que ocorre durante a metamorfose é o desenvolvimento dos pulmões. O final do desenvolvimento origina a forma jovem, que passa a realizar respiração cutânea e pulmonar e apresenta as mesmas características morfológicas dos anuros adultos.

Os anfíbios e o homem
O número de anfíbios vem diminuindo em várias regiões do mundo. Acredita-se que esses animais sejam muito sensíveis a mudanças no meio ambiente, como alterações climáticas, desflorestamento, uso de pesticidas em lavouras, poluição de rios e lagos, entre outras.

Para algumas populações os anfíbios são associados a lendas e tradições folclóricas, porém, para muitas pessoas os anfíbios são animais que causam repulsa e aversão. No entanto, essa visão vem mudando. Essa mudança se dá principalmente frente às descobertas (a) sobre a importância ecológica desses animais e (b) sobre o uso potencial das substâncias secretadas por suas glândulas no desenvolvimento de novos remédios.

Cada vez mais, percebe-se a necessidade de esforços voltados para a conservação desses animais e seus habitats, a fim de preservar a diversidade de anfíbios.

Conheça a importância e as várias utilidades das bactérias

Muitas pessoas acreditam que as bactérias não servem para nada, ou melhor, que só nos causam diversas doenças. Mas isto está longe de ser verdade - felizmente! De fato, algumas bactérias provocam doenças. Outras, no entanto, são amplamente exploradas para melhorar nossa qualidade de vida, em diversos aspectos: quanto à nossa alimentação, na produção de insulina, nos tratamentos de beleza, no ambiente etc. Vamos ver como isso ocorre?

Para começar, quanto à nossa alimentação, as bactérias são amplamente utilizadas para a fabricação de iogurtes, por exemplo. Você certamente já ouviu falar em lactobacilos vivos, que estão presentes num produto de marca famosa. Mas de que modo as bactérias atuam no iogurte? Bem, elas transformam o açúcar contido no leite (lactose) em ácido láctico.

Desse modo, o leite torna-se azedo, mudando assim o seu pH. Isso faz com que a proteína do leite se precipite, formando o "coalho". Mas, em matéria de alimentação, além das bactérias que atuam no leite, há também aquelas que modificam o álcool etílico em ácido acético, formando o vinagre, que tempera saladas e diversos pratos.

Importância ecológica das bactérias
A atuação das bactérias no ambiente também merece destaque: é extremamente importante para a reciclagem de matéria orgânica, ou seja, as bactérias, juntamente com os fungos, realizam o processo de decomposição transformando a matéria orgânica morta e devolvendo-a ao solo sob a forma de matéria inorgânica.




Outro aspecto importante, no âmbito ecológico, se refere ao ciclo do nitrogênio, pois os seres vivos não absorvem este elemento químico diretamente do ar (existem na atmosfera cerca de 71 %).

As bactérias do gênero Rhizobium que se encontram nas raízes de plantas leguminosas, como por exemplo, o feijão, milho, ervilha, etc., é que transformam o nitrogênio atmosférico em sais nitrogenados (nitrito e nitrato) para as plantas, aumentando a quantidade de nutrientes que elas absorvem.

Na seqüência, o nitrogênio é passado para os animais herbívoros, que se nutrem das plantas, e depois aos carnívoros, que se alimentam dos herbívoros.

Bactérias como fertilizantes e digestivos
Há ainda outras bactérias dos gêneros Nitrossomonas e Nitrobacter que transformam respectivamente, a amônia (NH3) liberada pela urina dos animais em nitrito e o nitrito em nitrato, o que aumenta a fertilidade do solo.

As bactérias também associam-se a outros seres vivos, estabelecendo relações ecológicas, sendo o mutualismo (uma união de que dependem dois seres vivos e na qual ambos são beneficiados) muito comum. Um exemplo disso ocorre entre os ruminantes e as bactérias que vivem em seu estômago.

Sem elas, o ruminante não conseguiria absorver o máximo dos nutrientes dos vegetais, devido à falta de uma enzima capaz de quebrar a celulose. Esse trabalho é realizado pelas bactérias. Em troca disso, estas ganham moradia e alimentação. Portanto, o benefício é mútuo.

Bactérias e controle biológico
As bactérias também são amplamente utilizadas no combate as pragas na agricultura. Um exemplo disto é o Bacillus thuringensis, que ataca as larvas de determinados insetos, produzindo cristais de proteínas que acabam por romper seus intestinos, ocasionando a morte dessas mesmas larvas. Desse modo, elas controlam os insetos que atacam as plantações - o que nós denominamos de controle biológico ou natural de pragas.

Ainda no âmbito ambiental encontramos as bactérias, juntamente com outros microorganismos, no tratamento biológico de águas de rios poluídos, em biorreatores, que, operados sob determinadas condições, resultam na estabilização da matéria orgânica poluente. Os sistemas de tratamento biológico de resíduos visam promover a remoção da matéria orgânica e se possível a degradação de compostos químicos.

Uso farmacêutico e cosmético
As bactérias também podem ser programadas, através da engenharia genética, para produzir a insulina. Esse hormônio (insulina) é de suma importância para controlar a taxa de açúcar no sangue, garantindo níveis apropriados à sobrevivência humana.

No campo da estética pessoal, as bactérias também estão sendo utilizadas, ou melhor, sua toxina é posta em ação. É o caso da toxina botulínica (o "botox") que serve para paralisar, por um período, a musculatura do rosto (linhas de expressão), evitando as rugas da idade.

Em suma, a existência de diferentes formas de vida em nosso planeta necessita da presença das bactérias e de sua vasta atuação no ambiente, na alimentação, na saúde física e até na estética.

Bacterias: Estrutura, modo de vida e classificação

Os seres vivos procarióticos, que fazem parte do Reino Monera, são aqueles cujas células não apresentam carioteca, membrana que, nas células da maioria dos seres vivos, separa o material genético do restante do citoplasma.

Entre os procarióticos, encontramos as bactérias, bastante conhecidas por nos causarem doenças, mas que apresentam também muitas utilidades para o ser humano.

As bactérias são organismos unicelulares que, em geral, medem de 0,2 a 1,5 µm e podem viver isoladamente ou formando agrupamentos, habitando os mais diversos ambientes - da água do mar ao lodo de lagos, do solo ao interior dos seres vivos.

A célula bacteriana é composta por membrana celular e citoplasma, onde, além do cromossomo bacteriano, são encontrados ribossomos e alguns plasmídios, fragmentos de cromossomos com genes que podem determinar maior resistência a fatores externos como antibióticos, por exemplo.

O cromossomo bacteriano, circular, encontra-se numa região da célula à qual se dá o nome de nucleóide. A membrana celular, por sua vez, pode ser revestida pela parede celular, uma estrutura rígida que, em geral, é composta por peptidioglicanos e que confere à bactéria proteção contra fatores externos e determina sua forma.

A parede celular pode, ainda, estar revestida por uma cápsula gelatinosa, constituída de polissacarídeos e/ou proteínas; e algumas bactérias apresentam filamentos protéicos longos (flagelos) ou curtos (cerdas ou fímbrias






Reprodução
As bactérias apresentam reprodução assexuada por bipartição. No entanto, é possível encontrarmos formas de recombinação genética entre as bactérias.

Uma dessas formas é a conjugação, em que uma bactéria doadora de DNA transfere, através de uma estrutura chamada pili, um plasmídio para a bactéria receptora, que pode incorporá-lo ao seu cromossomo, o que produz uma mistura genética.

Num outro processo, chamado transformação, as bactérias absorvem, diretamente do meio em que se encontram, fragmentos de DNA provenientes, por exemplo, de bactérias mortas e decompostas.

Por fim, os vírus bacteriófagos, ao se formarem no interior de bactérias infectadas, podem incorporar DNA bacteriano, transferindo-o ao infectar outra bactéria, num processo chamado de transdução.

Alimento
Se considerarmos a forma de obtenção de alimento, podemos classificar as bactérias em autotróficas e heterotróficas. Entre as autotróficas, existem as fotossintetizantes (ou fotoautotróficas) e as quimiossintetizantes (ou quimiautotróficas).

As primeiras são aquelas que utilizam a luz como fonte de energia para a síntese de compostos orgânicos. Algumas dessas bactérias, como as proclorófitas e as cianobactérias, realizam fotossíntese semelhante à das plantas e algas. Já as sulfobactérias realizam um tipo de fotossíntese em que o gás carbônico reage com o gás sulfídrico ao invés da água, produzindo enxofre elementar e não gás oxigênio.

Já para as bactérias quimiossintetizantes, a fonte de energia para a produção de seu alimento não é a luz solar. Elas utilizam a energia liberada em reações de oxidação de compostos inorgânicos. As bactérias dos gêneros Nitrosomonas e Nitrobacter, que vivem no solo e são bastante conhecidas por sua participação no ciclo do nitrogênio, por exemplo, obtêm energia pela oxidação de amônia e de nitrito respectivamente.

Entre as bactérias heterotróficas, encontram-se as saprofágicas e as parasitas. As primeiras obtêm alimento a partir de cadáveres e restos de seres vivos, enquanto as parasitas encontram esse alimento em tecidos de seres vivos, muitas vezes causando-lhes doenças.

Degradação de moléculas
Segundo a forma como degradam as moléculas orgânicas para a liberação de energia, as bactérias podem ser respiradoras ou fermentadoras.

Entre as bactérias respiradoras há as que realizam a respiração celular aeróbica, onde o gás oxigênio é o aceptor final de íons hidrogênio, e as que realizam a respiração celular anaeróbica, onde o gás oxigênio é substituído por outras moléculas, que funcionam como aceptores finais de hidrogênio, tais como nitratos ou sulfatos.

Na ausência de oxigênio, no entanto, outras bactérias, como Lactobacillus, Streptococcus, Escherichia, etc., realizam processos de fermentação láctica ou alcoólica.

Formas de classificar as bactérias
Podemos classificar as bactérias em três grandes grupos: as Gram-positivas, as Gram-negativas e os Micoplasmas. Essa classificação tem como critério a diferença na coloração das bactérias, obtida a partir do método de Gram, desenvolvido por Hans Christian Joachin Gram (microbiologista dinamarquês), em 1884.

Esse método utiliza dois corantes, um violeta e um rosa. Bactérias cuja parede celular é espessa retêm ambos os corantes e, ao microscópio, apresentam a coloração violeta, sendo chamadas de Gram-positivas, como, por exemplo, os Lactobacilos, as Baciláceas, os Actinomicetos, etc.

Já as bactérias que apresentam uma parede celular mais fina retêm apenas o corante rosa e apresentam essa coloração ao microscópio. São as Gram-negativas, como as Pseudomonadáceas, as Enterobactérias, etc.

Os micoplasmas são bactérias que não apresentam parede celular e são muito pequenas (entre 0,1 e 0,25 µm). Há espécies de vida livre, mas muitas são parasitas causadoras de doenças, como o Mycoplasma pneumoniae e o Mycoplasma genitalium, que causam, em seres humanos, uma forma de pneumonia e uretrite, respectivamente.

Este tipo de classificação apresenta vantagens do ponto de vista médico, já que bactérias Gram-positivas são mais sensíveis à ação da penicilina, enquanto as Gram-negativas, além de serem resistentes à penicilina, possuem componentes em sua parede celular que são tóxicos ao nosso organismo.

No entanto, as classificações mais modernas levam em consideração critérios evolutivos, estabelecendo relações de parentesco a partir da similaridade entre as sequências de DNA das diferentes espécies.

Até recentemente, considerava-se a divisão dos seres procarióticos em dois grupos: as arqueobactérias e as eubactérias. Entretanto, muitos cientistas têm argumentado que as diferenças genéticas entre as arqueobactérias e as eubactérias são muito grandes, e passaram a propor a divisão do Reino Monera em dois sub-reinos: as Arqueas e as Bactérias.

As arqueas diferem das bactérias por não possuírem peptidioglicanos na parede celular e são geneticamente mais próximas dos eucarióticos, os organismos que apresentam carioteca em suas células.

Nesse sub-reino encontram-se as halófitas, que habitam águas com alta concentração de sal, as termoacidófilas, que suportam altas temperaturas e grande acidez, vivendo, por exemplo, em fendas vulcânicas ou fontes termais ácidas, e as metanogênicas, que produzem metano e podem ser encontradas em pântanos e no tubo digestório de cupins e de animais herbívoros.


by mr f.b

Asma: Conheça essa doença

Existem diversas doenças que afetam o nosso sistema respiratório. Suas origens são tão diversas quanto os seus sintomas e o seu grau de severidade. Há doenças causadas por vírus, como a gripe e a pneumonia; por bactérias, como é o caso da tuberculose; pela exposição a agentes alergênicos, como alguns tipos de rinite; além daquelas de origem genética ou que surgem devido a fatores ambientais aliados a hábitos de vida, como o câncer de laringe e de pulmão. Dentre essas afecções, também se encontra a asma.

Doença crônica
A asma, também conhecida como bronquite asmática, é uma doença crônica que atinge cerca de 150 milhões de pessoas no mundo. Caracteriza-se pela inflamação das vias respiratórias. Chamamos de "doença crônica" as patologias que se manifestam de forma recorrente ao longo de um período superior a três meses, ou, muitas vezes, por toda a vida do indivíduo.

O processo inflamatório pode ter início por diversos motivos. Em muitos casos, a exposição a elementos potencialmente alergênicos - como pó, ácaros e pólen - dispara essa resposta do sistema imunológico. Em outros, fatores irritantes das vias respiratórias - como poluição, fumaça de cigarro e cheiros fortes - são os responsáveis.

Outros motivos que disparam esse mecanismo: fatores emocionais - como estresse e ansiedade -, características climáticas - como frio ou tempo muito seco -, e, até mesmo, a prática de esportes ou a realização de um esforço físico mais intenso.

Porém, ainda não se sabe o porquê dos indivíduos asmáticos apresentarem essa reação. Suspeita-se que a doença possa ser hereditária, mas ainda não existem dados que comprovem tal teoria.

A inflamação ocorre principalmente nos brônquios (bifurcação da traquéia) e bronquíolos (ramificações dos brônquios), tubos que conduzem o ar da traquéia até os alvéolos, ou destes para a traquéia. Com a inflamação, ocorre a produção de uma grande quantidade de muco. Esse muco passa a recobrir as paredes dos brônquios e bronquíolos, provocando a constrição destas estruturas (bronquioconstrição), ou seja, uma diminuição do seu calibre.




Além disso, o processo inflamatório também desencadeia espasmos na musculatura lisa presente na parede dos bronquíolos, contribuindo para a sua constrição. Por sua vez, a constrição das paredes obstrui a passagem do ar, dificultando a respiração.

Sintomas
Os principais sintomas da asma são: dificuldade para respirar, tanto na inalação quanto na exalação; falta de ar; e produção de chiado durante a respiração, sendo esta a característica que deu origem ao nome da doença, pois, em grego, a palavra "asthma" significa respiração difícil ou sufocação.

A intensidade destes sintomas varia entre os indivíduos asmáticos, que podem apresentá-los de forma constante ou apenas durante crises da doença. De acordo com a freqüência e a intensidade das crises, a asma pode ser classificada em quatro categorias:

Asma intermitente: quando as crises são curtas e ocorrem menos de quatro vezes ao mês.
Asma persistente leve: quando as crises são curtas, mas ocorrem mais de quatro vezes ao mês.
Asma persistente moderada: as crises podem ser curtas ou longas, porém ocorrem diariamente.
Asma persistente grave: crises longas e diárias.

Tratamento
O tratamento da asma envolve o uso de medicamentos e a adoção de alguns cuidados e hábitos de vida. Entre os medicamentos, os mais utilizados são aqueles que contêm substâncias broncodilatadoras e antiinflamatórias. Os broncodilatadores dilatam os brônquios e bronquíolos, facilitando a passagem do ar; já os antiinflamatórios combatem o processo de inflamação, levando à diminuição do inchaço e do muco nas paredes do sistema respiratório. Geralmente, é uma mistura dessas substâncias que está presente nas famosas "bombinhas" de inalação, utilizadas pelos portadores da doença.

A adoção de alguns hábitos também é muito importante para a prevenção das crises. Entre eles, podemos citar o cuidado de evitar manter contato com os agentes que provocam as crises, como pó, fumaça de cigarro, ácaros, entre outros.

Umas das medidas que deve ser adotada é a limpeza diária do quarto e da cama do asmático, para reduzir a quantidade de pó e ácaros no ambiente. Sabe-se que, em média, cada grama de poeira possui cerca de 1.000 ácaros - e que um colchão pode ter de 10.000 até milhões desses organismos. Por isso, é necessário limpar diariamente o quarto com aspirador de pó e cobrir o colchão com uma capa removível, que deve ser lavada semanalmente em água quente, assim como os lençóis e cobertores. Estas medidas são simples e essenciais para a prevenção de crises asmáticas.

A asma é uma doença para a qual não há cura. Porém, com os medicamentos atuais e a adoção de medidas de prevenção, os asmáticos podem controlar e reduzir as crises, levando uma vida normal.

By Mr. Adonai

A aranha e sua teia podem ajudar o homem

Frequentemente, as aranhas são associadas aos filmes de suspense ou terror, habitando os castelos e as mansões mal-assombradas, nas quais espalham sua teia por toda parte. Entre as que os filmes B nos mostram como mais assustadoras, encontra-se a caranguejeira, devido a seu grande porte, à quantidade de pêlos espalhados pelo corpo e sua aparência agressiva.

No entanto, as cerca de 300 espécies de caranguejeira existentes no Brasil são praticamente inofensivas. O contato com elas causa no máximo irritação na pele, devido à substância urticante que se encontram em seus pêlos. Somente duas espécies de caranguejeiras (Atrax e Hadronyche) são verdadeiramente perigosas para o homem, mas elas se encontram na Oceania.

Existem cerca de 35 mil espécies de aranhas, dentre as quais há as que são peçonhentas ou venenosas, as que fazem teias, as que atacam e as que liberam seus pêlos para se defenderem. A grande maioria delas não causa grandes problemas ao ser humano. Quando muito, uma irritação no local do ataque.

Três espécies de aranhas perigosas
No Brasil temos três espécies de aranhas perigosas: a viúva negra (Latrodectus sp), da família Theridiidae; a aranha armadeira (Phoneutria sp) da família Ctenidae; e a aranha marrom (Loxosceles sp), da família Sicariidae.




A picada da viúva negra tem ação neurotóxica e provoca dor, sudorese, agitação psicomotora, câimbras, dores abdominais, taquicardia e hipertensão arterial. A mordida da ocasiona dor imediata no local, suor e vômitos. Já o veneno da aarmadeiraranha marrom, embora não provoque efeitos em ratos ou outros animais de laboratório, pode ser mortal para uma criança ou um adulto debilitado.

Colaboração ecológica das aranhas
Mas as aranhas não são apenas nocivas. Por serem carnívoras, alimentam-se, principalmente, de baratas, grilos e outros insetos. Com isso, controlam a população desses seres, impedindo que a sua proliferação prejudique o meio ambiente.

Há alguns anos, as aranhas têm sido amplamente estudadas e o motivo básico dessas pesquisas é a sua teia. O fio da teia de aranha é muito resistente e ao mesmo tempo flexível. Portanto, poderia ser utilizado, por exemplo, para a confecção de coletes a prova de balas e na fabricação de pára-choques, sem falar nas possíveis utilizações farmacêuticas.

A dificuldade é como obter um grande quantidade desse fio para utilizá-lo em larga escala. Recentemente, pesquisadores de uma empresa canadense criaram uma cabra capaz de produzir em seu leite a proteína responsável pela formação da teia de aranha. Isso talvez resolva a falta de matéria-prima para a fabricação dos produtos. Também é possível obter resultados semelhantes por meio do algodão transgênico, bem como do gado leiteiro.

Utilidade da teia de aranha
Outra possibilidade de utilização da teia de aranha é na criação de tendões, ligamentos e membros artificiais, devido à sua elasticidade e resistência, além do fato de que não houve nenhum indício de rejeição.

Com tudo isso, a utilidade das aranhas já é incontestável. Então, devemos ter cuidado na preservação destes animais na natureza. Além do mais, vale a pena lembrar que podemos admirá-los (em alguns casos, de longe). As aranhas são curiosas e belas quanto à formação de seu corpo (cefalotórax e abdome), número de patas, cores, curiosidades, habitat...

By Mr. Adonai

O Ciclo da água

O ciclo da água (conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico) refere-se à troca contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas.
A água se move perpetuamente através de cada uma destas regiões no ciclo da água constituindo os seguintes processos de transferência:
  • Evaporação dos oceanos e outros corpos d'água no ar e transpiração das plantas terrestres e animais para o ar.
  • Precipitação, pela condensação do vapor de água do ar e caindo para a terra ou no mar.
  • Escoamento da terra geralmente atingem o mar.
A maior parte do vapor de água sobre os oceanos retorna aos oceanos, mas os ventos transportam o vapor de água para a terra com a mesma taxa de escoamento para o mar, a cerca de 36 Tt por ano. Sobre a terra, evaporação e transpiração contribuem com outros 71 Tt de água por ano. A chuva, com uma taxa de 107 Tt por ano sobre a terra, tem várias formas: mais comumente chuva, neve e granizo, com alguma contribuição em nevoeiros e orvalho. A água condensada no ar também podem refratar a luz solar para produzir um arco-íris.
O escoamento das águas, muitas vezes recolhe mais de bacias hidrográficas que correm para os rios. Um modelo matemático utilizado para simular o fluxo do rio ou córrego e calcular os parâmetros de qualidade da água é o modelo de transporte hidrológico. Parte da água é desviada na irrigação e para a agricultura. Rios e mares são importantes para viagens e para o comércio. Através da erosão, o escoamento molda o ambiente criando vales e deltas fluviais que fornecem um solo rico para o estabelecimento de centros de população.
Uma inundação ocorre quando uma área de terra, geralmente de baixa altitude, é coberta com água. É quando um rio transborda dos seus bancos ou por uma inundação do mar.
A seca é um período de meses ou anos, quando uma região regista uma deficiência no seu abastecimento de água. Isto ocorre quando uma região recebe, sistematicamente, níveis abaixo da precipitação média.

Representação do ciclo da água (ou ciclo hidrológico)
By Leandro Dk

Relações Ecológicas

Na natureza, existem diversos tipos de relações entre os seres vivos, sendo algumas benéficas e outras prejudiciais para cada um dos envolvidos.

Essas relações são classificadas como positivas, quando há ganho para um dos envolvidos ou para ambos, e como negativas, quando há prejuízo pelo menos para um dos envolvidos.

Quando ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, as relações são denominadas intra-específicas e, quando são de espécies diferentes chamamos de interespecífica. Vamos observar mais detalhadamente essas relações, começando com os casos de relação intra-específica.

Colônia e sociedade
Os recifes de corais são formados por vários indivíduos unidos que, normalmente, trabalham em conjunto. Essa relação é denominada colônia. A união de diversos seres vivos da mesma espécie também ocorre de uma outra maneira, quando seus integrantes são extremamente organizados e desempenham funções diferenciadas, e não estão apenas unidos como é o caso das colônias. Chamamos de sociedade a essa relação e ela ocorre, por exemplo, entre abelhas, formigas e cupins.

Em uma colméia, a organização é perfeita, pois existe a rainha, responsável pela reprodução, o zangão, cuja função é fecundar a rainha, e as operárias que são estéreis e desempenham as mais variadas funções, como por exemplo, proteger e limpar a colméia, coletar o mel, fabricar os favos, etc.

Relações interespecíficas
Podemos destacar sete tipos de relações entre seres vivos de espécies diferentes:

1) A protocooperação em que os dois seres envolvidos cooperam um com o outro. Um exemplo disso é o que ocorre pássaro-palito e o jacaré. Trata-se de um tipo de pássaro que retira os resíduos de carne existentes entre os dentes do jacaré. Com isso, o jacaré ganha uma limpeza bucal e o pássaro recebe seu pagamento forma de comida. Nessa situação, os dois se ajudam, mas não dependem disto para garantirem sua sobrevivência, como é o caso que vem a seguir.

2) O mutualismo é uma associação imprescindível, pois ela garante que os dois animais envolvidos sejam beneficiados e sobrevivam. Um exemplo de mutualismo é o líquen em que acontece a associação de uma alga com um fungo: a alga produz alimento através do processo fotossintético que o fungo utiliza; este, por sua vez, absorve muita umidade e matéria orgânica que a alga aproveita.

Outra situação de mutualismo ocorre entre os ruminantes (o boi, por exemplo) e as bactérias em seu estômago. Os bovinos são herbívoros, mas, apesar disso, não produzem uma enzima denominada celulase, necessária para quebrar a celulose das folhas., Esse trabalho, então, é realizado pelas bactérias que, em troca, ganham alimentação e moradia.

3) Já no inquilinismo, nenhum dos seres vivos envolvidos retira nada do outro. O exemplo clássico é o das plantas epífitas (orquídeas e bromélias) que aderem aos troncos das árvores. Isso garante que consigam maior luminosidade e, portanto, tenham condições de realizar a fotossíntese para produzir seu alimento. Para as árvores, a presença dessas plantas é inofensiva.

4) O comensalismo é o ato de compartilhar do mesmo alimento. Ocorre, por exemplo, entre as hienas e os leões. Estes caçam sua presa e devoram parte dela até sentirem saciados. As hienas ficam a espreita da saciedade dos leões e então se alimentam do que sobrou. Nessa relação, as hienas se aproveitam do "trabalho" (a caça) dos leões , mas não os prejudicam.

5) Ao contrário, o parasitismo é uma relação onde um tira proveito do outro, prejudicando-o. Um exemplo, em nosso próprio organismo, são os piolhos e carrapatos. São chamados de ectoparasitas, pois se instalam do lado de fora do corpo. Mas há também os endoparasitas, que se instalam dentro do corpo, como os vermes que ficam em nosso intestino. Eles retiram grande parte dos nutrientes que consumimos, podendo nos causar anemia.

6) A herbivoria ou herbivorismo refere-se à alimentação dos vertebrados que se alimentam de plantas, conseqüentemente, predando-as. (No caso do homem, dá-se ao fenômeno o nome de vegetarianismo e, no caso dos insetos, de fitofagia.)

7) Finalmente, no predatismo, a relação é entre a presa (que servirá de alimento) e o predador (que caçará a presa). São muitos os exemplos que poderiam ser apresentados. Um deles é o que ocorre entre os leões e as zebras. O predatismo é de grande valia para o ambiente, pois ajuda a controlar a população de determinados animais.

Competição
Há ainda a competição entre os seres vivos, tanto intra-específica como interespecífica. Na intra-específica, os animais de uma mesma espécie disputam alimento, território, água, fêmeas, etc. A competição interespecífica ocorre normalmente por alimento e território.

Essas relações ecológicas são muito importantes, pois garantem a sobrevivência dos diferentes seres vivos e ajudam no combate da densidade populacional, de modo que favorecem o equilíbrio ecológico. Naturalmente, isso ocorre dessa maneira essencialmente onde não há a interferência humana.

By Leandro Dk

Cadeia Alimentar

O que é cadeia alimentar?



Este termo ecológico representa o vínculo existente entre um grupo de organismos presentes em um ecossistema, os quais são regulados pela relação predador-presa. É através da cadeia alimentar, ou cadeia trófica, que é possível a transferência de energia entre os seres vivos. É a unidade fundamental da teia trófica.

Existem basicamente dois tipos de cadeia alimentar, as que começam a partir das plantas fotossintetizantes e as originadas através da matéria orgânica animal e vegetal morta. As plantas são consumidas por animais herbívoros enquanto que a matéria orgânica morta é consumida pelos animais detritívoros. A cadeia alimentar é constituída pelos seguintes níveis:

Produtores:

São os organismos capazes de fazer fotossíntese ou quimiossíntese. Produzem e acumulam energia através de processos bioquímicos utilizando como matéria prima a água, gás carbônico e luz. Em ambientes afóticos (sem luz), também existem produtores, mas neste caso a fonte utilizada para a síntese de matéria orgânica não é luz mas a energia liberada nas reações químicas de oxidação efetuadas nas células (como por exemplo em reações de oxidação de compostos de enxofre). Este processo denominado quimiossíntese é realizado por muitas bactérias terrestres e aquáticas.



Consumidores primários:



São os animais que se alimentam dos produtores, ou seja, são as espécies herbívoras. Milhares de espécies presentes em terra ou na água, se adaptaram para consumir vegetais, sem dúvida a maior fonte de alimento do planeta. Os consumidores primários podem ser desde microscópicas larvas planctônicas, ou invertebrados bentônicos (de fundo) pastadores, até grandes mamíferos terrestres como a girafa e o elefante.

Consumidores secundários:



São os animais que se alimentam dos herbívoros, a primeira categoria de animais carnívoros.
CONSUMIDORES TERCIÁRIOS



São os grandes predadores como os tubarões, orcas e leões, os quais capturam grandes presas, sendo considerados os predadores de topo de cadeia. Tem como característica, normalmente, o grande tamanho e menores densidades populacionais.

Decompositores ou Bioreprodutores:





São os organismos responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, transformando-a em nutrientes minerais que se tornam novamente disponíveis no ambiente. Os decompositores, representados pelas bactérias e fungos, são o último elo da cadeia trófica, fechando o ciclo. A seqüência de organismos relacionados pela predação constitui uma cadeia alimentar, cuja estrutura é simples, unidirecional e não ramificada.

A transferência do alimento (energia) de nível para nível trófico a partir dos produtores faz-se através de cadeias alimentares, cuja complexidade é variável. Na maioria das comunidades, cada consumidor utiliza como alimento seres vivos de vários níveis tróficos. Daí resulta que na Natureza não há cadeias alimentares isoladas. Apresentam sempre vários pontos de cruzamento, formando redes ou teias alimentares, geralmente de elevada complexidade.

Exemplo de teia alimentar:


By Mr. Adonai