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Tabagismo Conheça os efeitos da nicotina no cérebro humano





De acordo com estudos da Organização Mundial de Saúde, a cada dia, morrem mais de 10 mil pessoas por causa do tabagismo: o nome que se dá à dependência física e psicológica de tabaco. A soma ultrapassa 4 milhões de mortos por ano. E esses números tendem a aumentar, já que a quantidade de fumantes continua crescendo com o passar do tempo.

Estima-se que ele estará dobrado por volta do ano 2020, ou seja, serão cerca de 8 milhões de mortes anuais causadas pelo fumo. Isso sem falar que o cigarro já provoca mais mortes do que a cocaína, a heroína, os incêndios, e a aids, juntos. O tabagismo, encarado como doença há alguns anos, transformou-se num dos maiores problemas de saúde pública.

No Brasil, as enfermidades provocadas pelo fumo matam anualmente mais de 200 mil pessoas de idades entre 35 e 60 anos. Diversos tipos de câncer (de pulmão, boca, laringe), derrames cerebrais, doenças do coração (angina, infarto), bronquite e enfisema são algumas das doenças ligadas ao uso do cigarro.

As causas do vício
Nosso sistema nervoso possui células especiais chamadas transportadoras, que levam substâncias como os hormônios e os neurotransmissores para locais específicos no cérebro. Esses elementos têm o poder de nos excitar ou relaxar e constituem as respostas naturais que damos aos estímulos do meio ambiente.

Numa situação de perigo, por exemplo, as células transportadoras carregam noradrenalina (a popular adrenalina) para o cérebro. Isso causa irritação e estado de alerta. Nesse momento, todas as células do corpo "despertam" e o o organismo fica preparado para lutar ou fugir, conforme a necessidade da situação. Mas onde entra o cigarro nessa história?

Bem, o tabaco é rico em uma substância chamada nicotina, que estimula a produção de dopamina, um dos maiores mediadores químicos das células, que atua nos centros de prazer do cérebro. Sem a nicotina, o cérebro do dependente recebe menos dopamina. Para compensar, o organismo produz mais noradrenalina. Por isso, quando alguém pára de fumar, fica nervoso ou irritado.

Parar de fumar é dificílimo
"A irritabilidade pode durar semanas e o fumante acaba não agüentando", diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador da clínica antitabagista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Já se sabe que é a nicotina que causa a dependência. Ela faz a pessoa sentir necessidade de fumar, numa intensidade que varia de acordo com fatores psicológicos e o grau de dependência bioquímica. Por isso, a dificuldade para largar o cigarro é enorme.

Além do estímulo à produção de dopamina, a nicotina também provoca vasoconstrição (os vasos sanguíneos "apertam-se" diminuindo seu diâmetro) e aumento da pressão arterial. Ela faz mais ainda: causa mutações no DNA das células, que passam a se reproduzir de forma deficiente - isso constitui precisamente o câncer.

Desse modo, enquanto a nicotina dá uma falsa sensação de bem-estar, mascarados por ela milhares de ingredientes venenosos entram no organismo de quem fuma, como bandidos.

Substâncias nocivas
Dentro do cigarro, há uma miscelânea de substâncias nocivas. O alcatrão é um resíduo altamente tóxico, cancerígeno e de cor negra (por isso, o pulmão de quem fuma fica escuro).

Ao queimar, o cigarro também libera monóxido de carbono que diminui a concentração de oxigênio no sangue - esse gás se junta com a hemoglobina e impede que ela faça seu trabalho de levar o oxigênio para todo o corpo, e isso pode causar a morte por asfixia ("falta de ar").

O acetato de chumbo é tóxico e tem efeito cumulativo no organismo, pois o chumbo jamais é eliminado. Após anos de consumo, pode provocar danos ao cérebro e também contribui para o desenvolvimento do câncer.

A amônia, quando inalada, tem efeito corrosivo nas mucosas. A naftalina, utilizada para matar baratas, também se encontra dentro do cigarro. Essas são apenas algumas das substâncias tóxicas que podem ser mencionadas. Pode-se dizer, portanto, que o "enroladinho de fumo" é um coquetel de venenos.

Tipos de fumante
Um homem e uma mulher esperam seu ônibus num ponto. Como o coletivo começa a demorar, o homem acende um cigarro - pois é um fumante ativo. Gentilmente, ele oferece um para a mulher, que recusa, dizendo que não fuma. Ela não sabe, mas está fumando enquanto o homem exala a fumaça ao seu lado.

A mulher, no caso, é uma fumante passiva, pois respira a fumaça do cigarro misturada com o ar. Além dos problemas que ela mesma pode desenvolver, se a mulher estiver grávida, há uma grande possibilidade de o bebê ter várias doenças e ainda se tornar um fumante quando crescer. Segundo a Organização Mundial de Saúde, 50 mil pessoas não fumantes morrem por ano de doenças causadas por respirarem a fumaça dos cigarros alheios.

Não existe cigarro "light"
Entre outros significados, o termo "light" quer dizer "leve" em inglês. Os fabricantes de cigarro dizem que os tipos "light" fazem menos mal à saúde - isso não é verdade. Tanto que o Ministério da Saúde quer abolir esse termo dos rótulos dos maços. Por quê? Para aspirar a fumaça do cigarro light e sentir os efeitos da nicotina, faz-se muito mais força, o que leva a fumaça a entrar mais profundamente nos brônquios.

Um estudo do Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos revela que o fumante absorve oito vezes mais nicotina e alcatrão do que a quantidade descrita no rótulo. "É um jogo para manter mais um fumante na praça" diz a médica Luisa Goldfarb, do Instituto Nacional do Câncer do Brasil. Não existe cigarro seguro, nem níveis seguros de consumo - todos os tipos de cigarro prejudicam muito a saúde.

Vencer a abstinência
Para quem deseja parar de fumar, há diversos tratamentos e centros de ajuda. Entretanto, o ingrediente principal da fórmula para se livrar do vício é a força de vontade - e desejo de viver, afinal para quem fuma, o tempo de vida é curto.

Você já ouviu falar na crise de abstinência de quem pára de fumar - o conjunto de sensações desagradáveis provocadas pela ausência da nicotina no organismo. Isso dura dois meses ou mais - perceba o sofrimento que o indivíduo causa para si mesmo ao entrar para o "clube" dos fumantes. Passado esse tempo, a chance de largar o vício aumenta.

Ao ficar sem fumar, o organismo já dá sinais de agradecimento:
Nos primeiros 20 minutos, a pressão arterial volta ao normal e os batimentos cardíacos também.
Após duas horas, a nicotina sai da circulação sanguínea e as veias e artérias voltam ao diâmetro normal.
Dois dias sem tragar a fumaça do cigarro, acarretam a recuperação do paladar e do olfato - o fumante perde grande parte desses sentidos.
Depois de uma semana, a capacidade respiratória aumenta bastante, cerca de 30%. Em um ano, diminui o risco de doenças cardíacas.
O organismo se recupera por completo depois de 15 anos sem fumar.

Conheça a importância e as várias utilidades das bactérias

Muitas pessoas acreditam que as bactérias não servem para nada, ou melhor, que só nos causam diversas doenças. Mas isto está longe de ser verdade - felizmente! De fato, algumas bactérias provocam doenças. Outras, no entanto, são amplamente exploradas para melhorar nossa qualidade de vida, em diversos aspectos: quanto à nossa alimentação, na produção de insulina, nos tratamentos de beleza, no ambiente etc. Vamos ver como isso ocorre?

Para começar, quanto à nossa alimentação, as bactérias são amplamente utilizadas para a fabricação de iogurtes, por exemplo. Você certamente já ouviu falar em lactobacilos vivos, que estão presentes num produto de marca famosa. Mas de que modo as bactérias atuam no iogurte? Bem, elas transformam o açúcar contido no leite (lactose) em ácido láctico.

Desse modo, o leite torna-se azedo, mudando assim o seu pH. Isso faz com que a proteína do leite se precipite, formando o "coalho". Mas, em matéria de alimentação, além das bactérias que atuam no leite, há também aquelas que modificam o álcool etílico em ácido acético, formando o vinagre, que tempera saladas e diversos pratos.

Importância ecológica das bactérias
A atuação das bactérias no ambiente também merece destaque: é extremamente importante para a reciclagem de matéria orgânica, ou seja, as bactérias, juntamente com os fungos, realizam o processo de decomposição transformando a matéria orgânica morta e devolvendo-a ao solo sob a forma de matéria inorgânica.




Outro aspecto importante, no âmbito ecológico, se refere ao ciclo do nitrogênio, pois os seres vivos não absorvem este elemento químico diretamente do ar (existem na atmosfera cerca de 71 %).

As bactérias do gênero Rhizobium que se encontram nas raízes de plantas leguminosas, como por exemplo, o feijão, milho, ervilha, etc., é que transformam o nitrogênio atmosférico em sais nitrogenados (nitrito e nitrato) para as plantas, aumentando a quantidade de nutrientes que elas absorvem.

Na seqüência, o nitrogênio é passado para os animais herbívoros, que se nutrem das plantas, e depois aos carnívoros, que se alimentam dos herbívoros.

Bactérias como fertilizantes e digestivos
Há ainda outras bactérias dos gêneros Nitrossomonas e Nitrobacter que transformam respectivamente, a amônia (NH3) liberada pela urina dos animais em nitrito e o nitrito em nitrato, o que aumenta a fertilidade do solo.

As bactérias também associam-se a outros seres vivos, estabelecendo relações ecológicas, sendo o mutualismo (uma união de que dependem dois seres vivos e na qual ambos são beneficiados) muito comum. Um exemplo disso ocorre entre os ruminantes e as bactérias que vivem em seu estômago.

Sem elas, o ruminante não conseguiria absorver o máximo dos nutrientes dos vegetais, devido à falta de uma enzima capaz de quebrar a celulose. Esse trabalho é realizado pelas bactérias. Em troca disso, estas ganham moradia e alimentação. Portanto, o benefício é mútuo.

Bactérias e controle biológico
As bactérias também são amplamente utilizadas no combate as pragas na agricultura. Um exemplo disto é o Bacillus thuringensis, que ataca as larvas de determinados insetos, produzindo cristais de proteínas que acabam por romper seus intestinos, ocasionando a morte dessas mesmas larvas. Desse modo, elas controlam os insetos que atacam as plantações - o que nós denominamos de controle biológico ou natural de pragas.

Ainda no âmbito ambiental encontramos as bactérias, juntamente com outros microorganismos, no tratamento biológico de águas de rios poluídos, em biorreatores, que, operados sob determinadas condições, resultam na estabilização da matéria orgânica poluente. Os sistemas de tratamento biológico de resíduos visam promover a remoção da matéria orgânica e se possível a degradação de compostos químicos.

Uso farmacêutico e cosmético
As bactérias também podem ser programadas, através da engenharia genética, para produzir a insulina. Esse hormônio (insulina) é de suma importância para controlar a taxa de açúcar no sangue, garantindo níveis apropriados à sobrevivência humana.

No campo da estética pessoal, as bactérias também estão sendo utilizadas, ou melhor, sua toxina é posta em ação. É o caso da toxina botulínica (o "botox") que serve para paralisar, por um período, a musculatura do rosto (linhas de expressão), evitando as rugas da idade.

Em suma, a existência de diferentes formas de vida em nosso planeta necessita da presença das bactérias e de sua vasta atuação no ambiente, na alimentação, na saúde física e até na estética.

Bacterias: Estrutura, modo de vida e classificação

Os seres vivos procarióticos, que fazem parte do Reino Monera, são aqueles cujas células não apresentam carioteca, membrana que, nas células da maioria dos seres vivos, separa o material genético do restante do citoplasma.

Entre os procarióticos, encontramos as bactérias, bastante conhecidas por nos causarem doenças, mas que apresentam também muitas utilidades para o ser humano.

As bactérias são organismos unicelulares que, em geral, medem de 0,2 a 1,5 µm e podem viver isoladamente ou formando agrupamentos, habitando os mais diversos ambientes - da água do mar ao lodo de lagos, do solo ao interior dos seres vivos.

A célula bacteriana é composta por membrana celular e citoplasma, onde, além do cromossomo bacteriano, são encontrados ribossomos e alguns plasmídios, fragmentos de cromossomos com genes que podem determinar maior resistência a fatores externos como antibióticos, por exemplo.

O cromossomo bacteriano, circular, encontra-se numa região da célula à qual se dá o nome de nucleóide. A membrana celular, por sua vez, pode ser revestida pela parede celular, uma estrutura rígida que, em geral, é composta por peptidioglicanos e que confere à bactéria proteção contra fatores externos e determina sua forma.

A parede celular pode, ainda, estar revestida por uma cápsula gelatinosa, constituída de polissacarídeos e/ou proteínas; e algumas bactérias apresentam filamentos protéicos longos (flagelos) ou curtos (cerdas ou fímbrias






Reprodução
As bactérias apresentam reprodução assexuada por bipartição. No entanto, é possível encontrarmos formas de recombinação genética entre as bactérias.

Uma dessas formas é a conjugação, em que uma bactéria doadora de DNA transfere, através de uma estrutura chamada pili, um plasmídio para a bactéria receptora, que pode incorporá-lo ao seu cromossomo, o que produz uma mistura genética.

Num outro processo, chamado transformação, as bactérias absorvem, diretamente do meio em que se encontram, fragmentos de DNA provenientes, por exemplo, de bactérias mortas e decompostas.

Por fim, os vírus bacteriófagos, ao se formarem no interior de bactérias infectadas, podem incorporar DNA bacteriano, transferindo-o ao infectar outra bactéria, num processo chamado de transdução.

Alimento
Se considerarmos a forma de obtenção de alimento, podemos classificar as bactérias em autotróficas e heterotróficas. Entre as autotróficas, existem as fotossintetizantes (ou fotoautotróficas) e as quimiossintetizantes (ou quimiautotróficas).

As primeiras são aquelas que utilizam a luz como fonte de energia para a síntese de compostos orgânicos. Algumas dessas bactérias, como as proclorófitas e as cianobactérias, realizam fotossíntese semelhante à das plantas e algas. Já as sulfobactérias realizam um tipo de fotossíntese em que o gás carbônico reage com o gás sulfídrico ao invés da água, produzindo enxofre elementar e não gás oxigênio.

Já para as bactérias quimiossintetizantes, a fonte de energia para a produção de seu alimento não é a luz solar. Elas utilizam a energia liberada em reações de oxidação de compostos inorgânicos. As bactérias dos gêneros Nitrosomonas e Nitrobacter, que vivem no solo e são bastante conhecidas por sua participação no ciclo do nitrogênio, por exemplo, obtêm energia pela oxidação de amônia e de nitrito respectivamente.

Entre as bactérias heterotróficas, encontram-se as saprofágicas e as parasitas. As primeiras obtêm alimento a partir de cadáveres e restos de seres vivos, enquanto as parasitas encontram esse alimento em tecidos de seres vivos, muitas vezes causando-lhes doenças.

Degradação de moléculas
Segundo a forma como degradam as moléculas orgânicas para a liberação de energia, as bactérias podem ser respiradoras ou fermentadoras.

Entre as bactérias respiradoras há as que realizam a respiração celular aeróbica, onde o gás oxigênio é o aceptor final de íons hidrogênio, e as que realizam a respiração celular anaeróbica, onde o gás oxigênio é substituído por outras moléculas, que funcionam como aceptores finais de hidrogênio, tais como nitratos ou sulfatos.

Na ausência de oxigênio, no entanto, outras bactérias, como Lactobacillus, Streptococcus, Escherichia, etc., realizam processos de fermentação láctica ou alcoólica.

Formas de classificar as bactérias
Podemos classificar as bactérias em três grandes grupos: as Gram-positivas, as Gram-negativas e os Micoplasmas. Essa classificação tem como critério a diferença na coloração das bactérias, obtida a partir do método de Gram, desenvolvido por Hans Christian Joachin Gram (microbiologista dinamarquês), em 1884.

Esse método utiliza dois corantes, um violeta e um rosa. Bactérias cuja parede celular é espessa retêm ambos os corantes e, ao microscópio, apresentam a coloração violeta, sendo chamadas de Gram-positivas, como, por exemplo, os Lactobacilos, as Baciláceas, os Actinomicetos, etc.

Já as bactérias que apresentam uma parede celular mais fina retêm apenas o corante rosa e apresentam essa coloração ao microscópio. São as Gram-negativas, como as Pseudomonadáceas, as Enterobactérias, etc.

Os micoplasmas são bactérias que não apresentam parede celular e são muito pequenas (entre 0,1 e 0,25 µm). Há espécies de vida livre, mas muitas são parasitas causadoras de doenças, como o Mycoplasma pneumoniae e o Mycoplasma genitalium, que causam, em seres humanos, uma forma de pneumonia e uretrite, respectivamente.

Este tipo de classificação apresenta vantagens do ponto de vista médico, já que bactérias Gram-positivas são mais sensíveis à ação da penicilina, enquanto as Gram-negativas, além de serem resistentes à penicilina, possuem componentes em sua parede celular que são tóxicos ao nosso organismo.

No entanto, as classificações mais modernas levam em consideração critérios evolutivos, estabelecendo relações de parentesco a partir da similaridade entre as sequências de DNA das diferentes espécies.

Até recentemente, considerava-se a divisão dos seres procarióticos em dois grupos: as arqueobactérias e as eubactérias. Entretanto, muitos cientistas têm argumentado que as diferenças genéticas entre as arqueobactérias e as eubactérias são muito grandes, e passaram a propor a divisão do Reino Monera em dois sub-reinos: as Arqueas e as Bactérias.

As arqueas diferem das bactérias por não possuírem peptidioglicanos na parede celular e são geneticamente mais próximas dos eucarióticos, os organismos que apresentam carioteca em suas células.

Nesse sub-reino encontram-se as halófitas, que habitam águas com alta concentração de sal, as termoacidófilas, que suportam altas temperaturas e grande acidez, vivendo, por exemplo, em fendas vulcânicas ou fontes termais ácidas, e as metanogênicas, que produzem metano e podem ser encontradas em pântanos e no tubo digestório de cupins e de animais herbívoros.


by mr f.b

Asma: Conheça essa doença

Existem diversas doenças que afetam o nosso sistema respiratório. Suas origens são tão diversas quanto os seus sintomas e o seu grau de severidade. Há doenças causadas por vírus, como a gripe e a pneumonia; por bactérias, como é o caso da tuberculose; pela exposição a agentes alergênicos, como alguns tipos de rinite; além daquelas de origem genética ou que surgem devido a fatores ambientais aliados a hábitos de vida, como o câncer de laringe e de pulmão. Dentre essas afecções, também se encontra a asma.

Doença crônica
A asma, também conhecida como bronquite asmática, é uma doença crônica que atinge cerca de 150 milhões de pessoas no mundo. Caracteriza-se pela inflamação das vias respiratórias. Chamamos de "doença crônica" as patologias que se manifestam de forma recorrente ao longo de um período superior a três meses, ou, muitas vezes, por toda a vida do indivíduo.

O processo inflamatório pode ter início por diversos motivos. Em muitos casos, a exposição a elementos potencialmente alergênicos - como pó, ácaros e pólen - dispara essa resposta do sistema imunológico. Em outros, fatores irritantes das vias respiratórias - como poluição, fumaça de cigarro e cheiros fortes - são os responsáveis.

Outros motivos que disparam esse mecanismo: fatores emocionais - como estresse e ansiedade -, características climáticas - como frio ou tempo muito seco -, e, até mesmo, a prática de esportes ou a realização de um esforço físico mais intenso.

Porém, ainda não se sabe o porquê dos indivíduos asmáticos apresentarem essa reação. Suspeita-se que a doença possa ser hereditária, mas ainda não existem dados que comprovem tal teoria.

A inflamação ocorre principalmente nos brônquios (bifurcação da traquéia) e bronquíolos (ramificações dos brônquios), tubos que conduzem o ar da traquéia até os alvéolos, ou destes para a traquéia. Com a inflamação, ocorre a produção de uma grande quantidade de muco. Esse muco passa a recobrir as paredes dos brônquios e bronquíolos, provocando a constrição destas estruturas (bronquioconstrição), ou seja, uma diminuição do seu calibre.




Além disso, o processo inflamatório também desencadeia espasmos na musculatura lisa presente na parede dos bronquíolos, contribuindo para a sua constrição. Por sua vez, a constrição das paredes obstrui a passagem do ar, dificultando a respiração.

Sintomas
Os principais sintomas da asma são: dificuldade para respirar, tanto na inalação quanto na exalação; falta de ar; e produção de chiado durante a respiração, sendo esta a característica que deu origem ao nome da doença, pois, em grego, a palavra "asthma" significa respiração difícil ou sufocação.

A intensidade destes sintomas varia entre os indivíduos asmáticos, que podem apresentá-los de forma constante ou apenas durante crises da doença. De acordo com a freqüência e a intensidade das crises, a asma pode ser classificada em quatro categorias:

Asma intermitente: quando as crises são curtas e ocorrem menos de quatro vezes ao mês.
Asma persistente leve: quando as crises são curtas, mas ocorrem mais de quatro vezes ao mês.
Asma persistente moderada: as crises podem ser curtas ou longas, porém ocorrem diariamente.
Asma persistente grave: crises longas e diárias.

Tratamento
O tratamento da asma envolve o uso de medicamentos e a adoção de alguns cuidados e hábitos de vida. Entre os medicamentos, os mais utilizados são aqueles que contêm substâncias broncodilatadoras e antiinflamatórias. Os broncodilatadores dilatam os brônquios e bronquíolos, facilitando a passagem do ar; já os antiinflamatórios combatem o processo de inflamação, levando à diminuição do inchaço e do muco nas paredes do sistema respiratório. Geralmente, é uma mistura dessas substâncias que está presente nas famosas "bombinhas" de inalação, utilizadas pelos portadores da doença.

A adoção de alguns hábitos também é muito importante para a prevenção das crises. Entre eles, podemos citar o cuidado de evitar manter contato com os agentes que provocam as crises, como pó, fumaça de cigarro, ácaros, entre outros.

Umas das medidas que deve ser adotada é a limpeza diária do quarto e da cama do asmático, para reduzir a quantidade de pó e ácaros no ambiente. Sabe-se que, em média, cada grama de poeira possui cerca de 1.000 ácaros - e que um colchão pode ter de 10.000 até milhões desses organismos. Por isso, é necessário limpar diariamente o quarto com aspirador de pó e cobrir o colchão com uma capa removível, que deve ser lavada semanalmente em água quente, assim como os lençóis e cobertores. Estas medidas são simples e essenciais para a prevenção de crises asmáticas.

A asma é uma doença para a qual não há cura. Porém, com os medicamentos atuais e a adoção de medidas de prevenção, os asmáticos podem controlar e reduzir as crises, levando uma vida normal.

By Mr. Adonai

Aids

Médico esclarece questões sobre o HIV



Ainda sem perspectiva de cura, a Aids é uma das doenças que mais assusta o mundo. Não há nem remédio para a eliminação do vírus HIV nem vacina que torne as pessoas resistentes a ele.
Por outro lado, a prevenção é relativamente simples. O médico e escritor Ayrton Marcondes, autor de "Biologia e Cidadania" (Editora Escala), fala sobre doença, prevenção e outras dúvidas freqüentes sobre a doença.

O que significa a sigla Aids?
Aids quer dizer Acquired Immune-Deficiency Syndrome, expressão inglesa que pode ser traduzida por síndrome da imunodeficiência adquirida. Síndrome é conjunto de sinais e sintomas que constituem o quadro geral de uma doença. Imunodeficiência é a incapacidade de organismo de se defender de agentes infecciosos. Adquirida quer dizer que a AIDS pode ser contraída por contato com uma pessoa contaminada.

A Aids é recente? Há mais homens que mulheres infectados?
Sim, a doença era desconhecida até algumas décadas atrás. A Aids espalhou-se pelo mundo a partir do início dos anos 1980. No Brasil, após período inicial com número crescente de casos, a epidemia vem mostrando, desde 2002, tendência à estabilização. Há poucos anos o número de homens doentes era muito maior que o de mulheres com a doença. Dados de 2006 mostram aproximação do número de casos da doença entre os dois sexos.

Qual a diferença entre Aids e HIV?
Aids é a doença, e HIV é o vírus que a causa. A sigla quer dizer Human Immunodeficiency Vírus, ou, em português, vírus da imunodeficiência humana.
Como esse vírus age no organismo?
O alvo do HIV são os linfócitos T auxiliadores, que fazem parte do sistema imunológico - como se fossem soldados de defesa contra doenças. O HIV consegue invadir esses linfócitos e transforma o DNA desses "soldados" em DNA viral. Cada vez que essa célula se dividir o vírus se duplicará juntamente com o DNA viral.

E quais os sintomas da Aids?
Inicialmente, febre, perda de peso e aparecimento de gânglios inchados (ínguas); dores nas articulações, músculos e garganta; mal-estar geral e aparecimento de manchas vermelhas no corpo. Em alguns pacientes verificam-se ainda manifestações como dor de cabeça, alterações visuais e raramente, convulsões. Esses sintomas regridem espontaneamente, mas o vírus da AIDS persiste dentro de linfócitos e macrófagos, no sistema nervoso e em outras células do organismo. Destes tecidos o HIV passa lentamente para outras células.

E então?
Após algum tempo de infecção, a resistência do organismo começa a ser vencida. Surgem então sinais e sintomas relacionados ao vírus da Aids como febre diária, perda de peso, fadiga, suores noturnos e aumento persistente dos gânglios linfáticos. Em conseqüência da instalação do vírus no cérebro, podem surgir distúrbios de memória, alterações da fala e tremores.

Quanto tempo demora para a doença se manifestar?
Muitas vezes, a pessoa está infectada, mas o vírus está inativo. Tal situação prevalece até que, provavelmente numa ocasião de sobrecarga do organismo (doenças, cirurgia, gravidez), o HIV começa a se replicar.

O que são as "doenças oportunistas"?
Como o HIV destrói a capacidade defesa do organismo, algumas doenças "aproveitam" que o corpo está mais fraco e se instalam - por isso chamamos de "oportunistas". É o caso da Candida albicans, fungo causador da candidíase, ou "sapinho", comum em recém-nascidos e pessoas idosas ou debilitadas. Nos portadores de AIDS, o "sapinho" se caracteriza pelo aparecimento de extensas placas de aspecto esbranquiçado na língua e na cavidade oral e que às vezes chegam à faringe e ao esôfago. A Candida albicans pode também ser responsável por corrimentos vaginais, infecção da mucosa do pênis e das vias urinárias. Também é comum o aparecimento de herpes simples, uma virose que se manifesta pelo aparecimento de vesículas dolorosas nos lábios, região genital, ao redor do ânus e, raramente, espalhadas pelo corpo. Embora a infecção pelo vírus do herpes possa ocorrer em qualquer pessoa, em quem está infectado pelo vírus da Aids ela se manifesta com características mais dolorosas e persistentes.

Por que a Aids é tão temida?
Porque essas doenças oportunistas são umas das que podem atingir o doente. O quadro pode evoluir para freqüentes pneumonias, tuberculose, infecções por bactérias e fungos. A Aids também se relaciona com cânceres, como os linfomas, a doença de Hodgkin e o sarcoma de Kaposi. Este último é um tipo raro de tumor de vasos sangüíneos que se manifesta na pele onde surgem formações roxas ou avermelhadas. Pode também surgir nos gânglios, na boca, no estômago e no intestino.

Qual é o tratamento da doença?
O tratamento é feito com drogas que agem em etapas diferentes do ciclo do HIV. Mais recentemente têm sido testados inibidores da enzima que incorpora o vírus ao DNA das células humanas.

Como acontece a transmissão da Aids?
Principalmente por contato sexual, pela transfusão de sangue ou transplante de órgãos; pelo uso comum de agulhas e seringas; e de mãe portadora do HIV para o feto através da placenta ou, após o nascimento, pela amamentação.

Você pode explicar melhor a transmissão sexual?
O HIV espalha-se por via sanguínea e concentra-se nas secreções do corpo, principalmente no esperma e nos líquidos vaginais. Para que haja transmissão é necessário que um indivíduo contaminado passe o vírus da AIDS diretamente a outro indivíduo sadio. Por isso, a transmissão não acontece por contato social com pessoas infectadas pelo HIV.

Existe prevenção contra a Aids?

Além do uso de preservativos nas relações sexuais, outros meios são fundamentais na prevenção da AIDS: uso de seringas descartáveis e materiais cirúrgicos esterilizados; evitar amamentação por parte de mães infectadas pelo HIV; controle de doadores de sangue e de bancos de órgãos para transplantes; evitar contato com ferimentos de pessoas doentes pois seu sangue contém o HIV.

By Mr. Adonai

O apêndice humano

O apendice humano tem sim uma função

Se você pensa que o apêndice não serve para nada e só causa problemas - já que pode inflamar e acabar mandando você para um centro cirúrgico -, é melhor começar a mudar de idéia. Em setembro de 2007, um grupo de cirurgiões e imunologistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, publicou um trabalho que mostra o contrário: o apêndice tem uma função, sim: ele promove o crescimento populacional de bactérias benéficas para o nosso organismo e facilita o repovoamento dessas bactérias no cólon.

O apêndice humano:
O apêndice faz parte do sistema digestivo e está localizado logo no início do intestino grosso, conectado ao ceco (um divertículo natural com que se inicia o intestino grosso, e onde se abrem o íleo, o cólon e o apêndice). O apêndice é uma estrutura tubular fechada na extremidade posterior e mede cerca de 5 a 10 cm de comprimento e 0,5 a 1 cm de largura. Na maioria das pessoas, o apêndice encontra-se no quadrante inferior direito do abdome.

Teorias que explicam a função do apêndice humano:
Apesar das evidências contrárias, baseadas em estudos de anatomia comparada em primatas, o apêndice foi considerado por muito tempo como uma estrutura vestigial, isto é, uma estrutura que, ao longo da evolução, perdeu sua função original.

Hoje em dia existem algumas teorias que explicam a função do apêndice humano. Uma delas argumenta que o apêndice humano auxilia o sistema imunológico. Ao examinarem microscopicamente o apêndice, os pesquisadores encontraram uma quantidade significativa de tecido linfóide, um tecido que apresenta uma quantidade abundante de linfócitos - tipo de glóbulo branco responsável por defender o corpo contra microorganismos. O tecido linfóide está presente também em outras áreas do sistema digestivo. A função desse tecido ainda não é muito precisa, mas está claro que ele reconhece substâncias estranhas presentes nos alimentos ingeridos.

Em setembro de 2007, o grupo liderado pelo Dr. William Parker, da Universidade de Duke, nos EUA, publicou uma nova teoria. Segundo o dr. Parker e seus colaboradores, o apêndice funciona como um "lugar seguro" para bactérias que auxiliam na digestão. De acordo com os pesquisadores, as bactérias vivem no apêndice sem serem perturbadas, até que sejam necessárias nos locais onde ocorrem os processos de digestão. De acordo com o dr. Parker, a forma do apêndice é perfeita para armazenar as bactérias benéficas. Ele possui um fundo cego e uma abertura estreita, impedindo assim o influxo dos conteúdos intestinais.

O sistema digestivo é povoado por diferentes microorganismos que auxiliam na digestão dos alimentos. Em troca, os micróbios recebem nutrição e um lugar seguro para viver. O dr. Parker acredita que as células do sistema imunológico encontradas no apêndice estão lá para proteger, e não para atacar, as bactérias benéficas.

O papel do apêndice no repovoamento da flora intestinal:
Doenças como disenteria ou cólera contaminam o intestino. A única saída é se livrar dos micróbios maus. É aí que a diarréia ocorre. Em casos de diarréia severa, não só os micróbios maus são perdidos, mas tudo o que se encontra no interior do intestino, inclusive o que é conhecido como biofilme (uma camada fina e delicada, constituída de micróbios, muco e moléculas do sistema imunológico).

Quando ocorre perda do conteúdo intestinal, as bactérias benéficas escondidas no apêndice emergem e repovoam a camada de biofilme do intestino, antes que bactérias maléficas se instalem.

Segundo o dr. Parker, pessoas que, porventura, tiveram seu apêndice extraído e vivem em locais onde as incidências de doenças como cólera e disenteria são altas, têm menos chances de sobreviver, pois não têm mais um lugar seguro para armazenar as bactérias benéficas.

Deve-se evitar a retirada do apêndice?
Apesar da importante função proposta pela equipe de cientistas da Universidade de Duke, não se deve esquecer que o apêndice tem o seu lado vilão. Ao sofrer inflamação, ele pode levar à obstrução dos intestinos, causando a apendicite aguda, que pode levar à morte.

Portanto, nesse caso, ele deve, sim, ser retirado. Mas não se preocupe, pois as infecções severas, por cólera ou disenteria, são raras em nações ou regiões industrializadas. As pessoas que habitam esses locais podem viver normalmente sem o apêndice.

By Mr. Adonai